Os símbolos nas etiquetas das roupas




     Todo mundo aí já se perguntou pra quê serve a etiqueta de uma roupa e se respondeu que só serve para incomodar ou coisa do tipo, não é mesmo?
     Mas não é bem assim. As etiquetas nas roupas são obrigatórias por lei e existem órgãos responsáveis para assegurar que o consumidor está comprando um produto que esteja com todas as especificações sobre o mesmo descritas na etiqueta e de que estas especificações não faltem com a verdade.
    O Código de Defesa do Consumidor determina que todos os produtos devem ser comercializados apresentando informações corretas sobre quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresente. Isso inclui os produtos têxteis.
     A etiqueta que acompanha o produto têxtil deve ser afixada de maneira a não se desprender da peça e deve trazer uma indicação do tamanho da peça, nome do fabricante ou importador, CNPJ, país de origem, composição e cuidados necessários para a conservação, que podem ser expressos por símbolos ou texto. A simbologia utilizada para descrever a forma de lavar, passar e secar produtos têxteis ainda é pouco conhecida por grande parte dos consumidores.
    Entretanto a etiqueta de uma peça de roupa, como sabemos, costuma ser pequena e suas especificações são colocadas em códigos, como vemos nas instruções de lavagem. O grande problema é que estes símbolos são desconhecidos pela maior parte dos consumidores e muitas vezes as roupas são manuseadas errado e estragam, rasgam, mancham porque não foram lavadas da maneira como deveriam.
      Apesar de desconhecidas, elas são autoexplicativas se você parar para prestar atenção vai perceber que que tanto seus símbolos quanto a ordem deles faz todo sentido.
A seguir veremos o que significa cada um deles, que estarão sempre nessa ordem:

  • Como lavar: o símbolo é sempre um balde, com a mão dentro é pra lavar a mão (óbvio!), quando tem uma bolinha dentro significa que a água deve estar sob alguma temperatura específica. Algumas colocam o valor dessa temperatura. Se tem uma linha horizontal em baixo do balde significa que a lavagem, se feita na máquina, deve ser utilizado modo leve, quanto mais linhas mais leve o processo deverá ser. 




  • Como alvejar: o triângulo indica como a roupa deve ser, se deve, alvejada. O símbolo sozinho indica que a peça pode ser alvejada com qualquer tipo de alvejante , enquanto o símbolo que possui as linhas na diagonal indica que o alvejante não pode conter cloro em sua composição.



  • Como secar (uso de tambor): este símbolo indica se a roupa pode ser secada em  máquina, com as bolinhas dentro indica a temperatura da secagem, seguindo a mesma lógica que a lavagem, assim como as linhas horizontais em baixo do símbolo.



  • Como secar naturalmente: existe ainda algumas etiquetas que indicam como a peça deve ser seca de maneira natural. Esse símbolo é um pouco mais difícil de se ver, mas é bom saber seu significado.
  • As linhas horizontais ou verticais dentro dos quadrados indicam qual o sentido que a roupa deve ser disposta no varal. Isso porque algumas fibras quando estão molhadas não podem ficar apenas presas pelas pontas pois podem lacear. 
  • Quando a linha está na horizontal a roupa deve ser disposta em superfície horizontal com a apoio de algum tecido que absorva a umidade até que ela esteja completamente seca. Esse tipo de secagem é indicada para tecidos nobres como lã ou seda.
  • A linha na diagonal indica que a roupa deve permanecer na sombra durante a secagem.



  • Como passar: o símbolo com o ferro é sobre a passadoria da roupa e a quantidade de bolinhas dentro indica a temperatura do ferro, quanto mais bolinhas mais alta a temperatura é permitida.

  • Lavagem a seco: a lavagem a seco consiste em um processo químico realizado em lavanderias onde a roupa é limpa com algum ou alguns produtos químicos específicos pois não podem passar por processo de lavagem comum. As letras indicam qual tipo de composição destes agentes químicos, e o símbolo com a letra "W" indica que a roupa pode passar por lavagem a úmido mas deve ser feita de maneira profissional. Todos os símbolos que tem a linha horizontal na parte de baixo, como já mencionei, indicam que a lavagem dever ser feita em processo suave.





Proibido: alguns processos são danosos para algumas roupas, por isso cada um deles será indicado pelo símbolo do processo com um "X" em cima. 

 
  


Algumas dicas de cuidados para melhor conservação de suas roupas:

  1. Deixar as roupas de molho ajuda na remoção de manchas e na limpeza de roupas brancas.
  2. O tempo ideal é de uma hora, mais do que isso, pode danificar o tecido;
  3. Roupas brancas podem ser ocasionalmente lavadas com água quente para manter o brilho;
  4. Água sanitária nunca deve ser utilizada em roupas coloridas;
  5. Tome sempre muito cuidado com as roupas compostas por dois tipos de tecidos, como os vestidos com forros. Pode ser que o tratamento adequado para o forro seja diferente do tratamento que o tecido de fora exige (na etiqueta deve conter a informação de ambos)
  6. Evite secar roupas claras sob o sol, porque resíduos de sabão podem provocar manchas, caso não tenham sido bem enxaguadas. É recomendável que as roupas coloridas e as de lã sejam secas à sombra;
  7. Roupas escuras devem ser preferencialmente passadas pelo avesso;
  8. Tente remover manchas das roupas antes de passá-las a ferro, porque o calor ajuda a fixar as manchas;
  9. As roupas brancas ou em cores claras devem ser lavadas separadamente das coloridas, para evitar que os corantes as manchem;
  10. Procure separar as roupas de acordo com o tipo ou quantidade de sujeira;
  11. Roupas que soltam muitos fiapos ou roupas muito pequenas devem ser lavadas em separado ou dentro de sacos de tecidos apropriados. (mas você pode usar uma fronha de travesseiro também)

Outras dicas importantes:

  • Leia atentamente a embalagem de sabões (em pedra ou em pó), alvejantes, amaciantes e outros produtos de lavagem. Nestas embalagens você deve encontrar indicações de como utilizar corretamente estes produtos evitando danificar suas roupas.
  •  Para economizar energia, procure utilizar a máquina de lavar na sua capacidade máxima e também acumular grande quantidade de roupas para o ferro de passar.
  • Reutilize a água da máquina para lavar outras roupas, por exemplo, use a água de enxague das roupas claras para lavar roupas escuras, use a água final para lavar o quintal, ou panos de chão ou mesmo, cobertores e camas do seu pet. É um gesto que além de econômico, contribui para o meio ambiente.
Espero que tenham gostado e até a próxima!


Cueca vendida por site francês é eleita "pior roupa íntima" por jornal



    


        O Inderwear, um site de roupas masculinas francês, oferece aos seus clientes a String Latéral Flash Bleu Alter, uma cueca azul que se segura ao corpo por apenas uma tira lateral. 
    O site do jornal Huffington Post elegeu a peculiar peça como "a pior roupa íntima masculina de todos os tempos". A cueca é descrita pelo site como "original e ultra-sexy" e custa £ 22, cerca de 66 reais. 
   O importante, neste caso é, se o ítem terá boa aceitação do público masculino, visto que o mesmo zela pelo conforto principalmente ao que se refere a roupa íntima. 
     Vamos esperar! 

O ócio digno - um dos textos mais brilhantes que li na vida.


O Ócio Digno.

                 Ciro Marcondes já citou várias vezes em seus livros que vivemos “a Sociedade Pós-Moderna do Prazer”. Não há mais o “projeto pessoal do trabalho”, apenas uma absorção contínua do que podemos viver e consumir. Curiosamente, nunca estivemos tão entregues às imposições do trabalho, particularmente depois que os telefones celulares, computadores e ‘escritórios-digitais-em-casa’ acabaram com o cartão de ponto. Estamos vivendo um aparente paradoxo da admiração pelo ócio e sua doentia conversão em trabalho. O primeiro, cada vez mais valorizado nos cantores de pagode da T.V., e nos “craques” do futebol, mas condenado no “mundo real”, quando convertido em mais trabalho, realimenta um ciclo que nos escraviza.
            Estamos num tempo de transição quanto aos valores que se tem sobre o trabalho. A nossa cigarrinha do trecho 1 pode agora receber os mais fervorosos aplausos das formigas na “TV-formigueiro”. É um “ócio digno”. A igreja não oferece mais dogmas tão fortes sobre o “sofrimento do trabalho que dignifica” (embora religiões protestantes nos países norte-americanos ainda exerçam grande influência na relação do cidadão com seu trabalho). Aprimoramos a técnica. Produzimos tempo livre. Produzimos “ócio digno”! Poderíamos ter a tão prometida liberdade que a técnica traria (embora Marx tenha sido cético quanto a isso), e agirmos como verdadeiros “pós-modernos”. Poderíamos ser os Eloys de H.G. Wells! Mas não é o que fazemos. Convertemos nosso “ócio digno” em trabalho, “com apenas alguns cliques”. E o pouco que sobra dele é convertido em aplausos aos que “têm mais ócio”. E quando somos nós os “conversores”, agimos com tanta ambição, libertos pela inexistência de “lucro máximo permitido pela sociedade”, que convertemos o ócio dos outros em mais trabalho – portanto mais lucro – usando institucionalizadamente o mito de que o “ócio é ruim”.
         Somos escravos dessa incapacidade de enxergar nosso “lucro de tempo”, fruto da técnica aprimorada, como outra coisa que não “potencial lucro monetário”. Mas como todo escravo tem um feitor, quem é o nosso? Parece existir um “moto-contínuo” que realimenta esse paradoxo: aquele que transforma o “ócio convertido em dinheiro” em placebos para nossas ansiedades pós-modernas de prazer – os produtos de consumo. Eles nascem dessa conversão do “ócio digno” em mais lucro, mais trabalho, e nos alimenta de prazeres materiais. E intensifica também a cobiça, a atitude doentia capitalista, chegando aos extremos de exploração do trabalho infantil e regimes de trabalho semi-escravocratas.

Mas qual seria a solução? O mundo estabelecer o conceito de “lucro máximo”? Juntamente com a técnica, isso nos forçaria a trabalhar menos, e o “ócio resultante” seria visto finalmente com bons olhos. Mas aí estaríamos falando de uma economia planificada, e tangenciando o lado dialético da questão, mostrando que dentro desse paradigma mora o próprio gérmen de sua destruição.
               Nesse instante eu acabo de receber o atestado de trabalho que solicitei à fiscal no início da prova. É curioso pensar como todo ócio precisa ser justificado, ainda que esse ócio seja causado pelo estudo. Vivemos um tipo de escravidão sutil, inconsciente. Uma submissão que me faz recordar de um outro “texto” pós-modernista: Matrix. Por um pouco de prazer consumista vendemos nosso ócio, e aceitamos alimentar o “moto-contínuo” do sistema. Mas às vezes “acordamos”, e não há nenhuma “nave” lá fora para voltarmos e combatermos. Não foi à toa que Durkheim foi feliz em apontar a relação entre a segunda-feira e as  estatísticas de suicídio. Pequenas formigas acordando e percebendo que queriam ser cigarras.


Máquina de costura doméstica é lançada.


        Um instrumento fundamental na indústria da moda é, sem dúvida a máquina de costura. Existem muitas marcas no mercado, boas e ruins, mas você sabe onde elas surgiram?
      Em 1755, um alemão chamado Wiesenthal patenteou uma agulha de ponta dupla - um avanço fundamental. Um francês, Barthélemy Thimonnier,  em 1829-1830 criou uma das primeiras máquinas de costura e em pouco tempo recebeu uma grande encomenda de  máquinas que seriam destinadas a  produção de uniformes para o exército. Começou ainda, a produzir máquinas de costura, porém sua fábrica foi destruída por hordas de alfaiates, que ganhavam a vida costurando à mão. Em 1846, um americano chamado Elias Howe patenteou uma máquina que era usada por um fabricante de carpetes londrino.
      Um único modelo sobreviveu  a destruição e  então Thimmonier resolveu levá-la  de volta  a sua cidade  a pé. No caminho ele exibia a máquina  como  curiosidade e recebia alguns centavos em troca. Em 1845, o sucesso parecia estar de volta, quando recebeu de M. Magin  uma oferta  para  fabricar  seu  último  modelo  em série.
      Construídas inteiramente de  metal, as  máquinas  eram capazes  de dar  200 pontos por  minuto, e  tinham  grandes  possibilidades  de fazer sucesso, mas a  multidão interveio e novamente destruiu  tudo. 
      Isaac Merrit Singer, no ano de 1850, conheceu a oficina de Orson Phelps, uma máquina de costura. Ao analisar cuidadosamente o seu funcionamento, sugeriu modificações que revolucionaram sua fabricação. Em onze dias, estava pronta a primeira máquina de costura realmente eficiente. Singer solicitou uma patente em 1851 e continuou a melhorar sua máquina até sua morte, em 1875, aos 63 anos. 
         Em 1851, Singer fundou a companhia Singer, que inicialmente enfrentou sérios problemas para introduzir seu produto, pois o público não acreditava que a máquina funcionava corretamente. Mas, aos poucos, o produto foi ganhando credibilidade. Isaac Merrit Singer, mecânico de Nova York, obtém em 12 de agosto de 1851, uma patente para a primeira máquina de costura de uso doméstico. Ele conquistaria o primeiro prêmio na Exposição Universal de Paris de 1855. A generalização da máquina de costura transformaria até o modo de se vestir tornando possível a supremacia do ‘prêt-à-porter’ em detrimento do ‘sob medida’. 

         Em 1850, Singer criou uma máquina eficaz e prática, acionada por um pedal e com uma agulha que se movia para cima e para baixo, em vez de correr para um lado e para o outro. Mas ele logo se viu envolvido em processos judiciais por quebra de patente movidos por Elias Howe e outros inventores. A "guerra da máquina de costura" chegou ao fim em 1856, e Singer, um homem de negócios implacável, se estabeleceu de forma dominante e lucrativa. Singer também teve uma vida amorosa complicada, Supõe-se que ele tinha sido pai de 28 crianças. Quando morreu em 1875, seu patrimônio era de mais de 13 milhões de dólares. Sua companhia produziria as primeiras máquinas de costura elétricas em 1889.  
          Hoje, o nome Singer é praticamente sinônimo de máquinas de costura, porém houve outros pioneiros na área antes de Isaac Singer criar a primeira máquina funcional que as pessoas podiam comprar para suas próprias casas. 

“Depois do arado, esta máquina de costura é talvez o instrumento mais abençoado da humanidade.” (Lois Antoine Godey, 1856)”


“Ela é uma das poucas coisas úteis já inventadas. (Mahatma Gandhi, líder hindu, quando na prisão aprendeu a costurar em uma máquina SINGER)”


    Veja algumas das primeiras máquinas feitam em escala industrial:





Veja como é o feito o ponto na máquina de costura reta simples:
 
Espero que tenham gostado, e até a próxima! Fonte: 1001 dias que abalaram o mundo