Casual X Chique

Olá galera, tudo bem?

Andei vendo umas revistas e alguns editoriais de moda e reparei que nos últimos tempos tem se falado muito sobre a renovação do guarda-roupas e a própria ascensão dos brechós nos mostra isso.
Não existe mais aquele preconceito sobre as roupas antigas, muito pelo contrário, quanto mais "vintage" melhor. 
Por isso eu resolvi dar algumas dicas de como você pode usar suas peças de maneira completamente diferente sem precisar gastar nada, só mudando as combinações.
Com os complementos corretos as roupas da moda se multiplicam em diferentes combinações para o inverno. Para cada peça foi criado um visual casual e um chique. Confira abaixo e solte sua criatividade.

Calça casual:
Para deixar a calça mais descolada, combine-a com camisetas. A bolsa de alça longa reforça a informalidade.



Calça chique:
Usada com salto alto, a calça alonga as pernas. O casaqueto estruturado dá um ar poderoso.



Blazer casual:
Arregaçar as mangas é um truque de styling que deixa tudo mais informal. Como a peça cobre os quadris, prefira vestidos e saias acima dos joelhos.



Blazer chique:
A modelagem reta do blazer chama ainda mais atenção quando mixada com peças escuras. O metalizado da calça atualiza a produção.


Parka casual:
A parka é o casaco ideal para um dia de passeio com a família. Basta arrematar com peças descomplicadas, como a calça sequinha.


Parla chique:
Para sofisticar, combine com modelagens mais ajustadas ao corpo e salto alto. O contraste com o couro ajuda a modernizar. Equilibre a proporção acinturando a parka com um cinto largo.




Vestido casual:
Peças pesadas, como o trench-coat, ajudam a quebrar a delicadeza do vestido. Sapatos baixos reforçam a casualidade.



Vestido chique:
Acinturado por um acessório delicado e combinado com um salto alto e fino, o modelo fica perfeito para um casamento de dia.


Camisa casual:
A camisa branca e o jeans formam uma das duplas mais clássicas da moda. Atualize com um maxicolete, que deixa tudo mais moderno.



Camisa chique:
Fechada até o colarinho e usada com uma calça toda bordada com paetês, a camisa fica sexy e nada óbvia.



Saia casual:
O estilo descontraído da saia permite a combinação com o creeper, o sapato com plataforma reta que é a sensação do momento.


Saia chique:
Elegante, o blazer de veludo preto equilibra o espírito esportivo da saia. O salto alto deixa o visual antenado. 



Espero que tenham gostado, e até a próxima!

A COR NA MODA - Parte II - O Preto

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

No segundo post da nossa série sobre cores na moda, falaremos hoje sobre o Preto.




A cor preta é a ausência da luz e corresponde a buscar as sombras e a escuridão. É a cor da vida interior sombria e depressiva. Estão associadas a ela morte, destruição, entretanto em outras situações sofisticação e requinte.
  • Associação material: sujeira, sombra, funeral, noite, fim, obscuro
  • Associação afetiva: mal, miséria, pessimismo, sordidez, tristeza, dor, melancolia, opressão, intriga, renúncia
Do latim niger (escuro, preto, negro, preto), nós utilizamos o vocábulo preto (que gera discussões inclusive!)
Considerado como clássico, quando combinado  com certas cores pode criar teor alegre, tem conotação de nobreza, seriedade e elegância.
Na corte espanhola, a cor preta se tornou popular para os dois séculos ali pelo século XVI, tanto para homens quanto para mulheres, isso porque era a cor que escondia melhor a sujeira, visto que os europeus não eram muito adeptos aos banhos. Usavam golas, lenços, chapéus brancos que davam o ar de ostentação. Em pouco tempo a moda se espalhou pela Europa e logo o preto já era popular na Holanda, Itália e Inglaterra. Mas como a moda é, foi e sempre será efêmera, "(...) quando todo mundo adota uma moda, ela logo deixa de ser exclusiva e excitante e se torna, primeiro, convencionalmente elegante, depois, meramente respeitável e, por fim, enfadonha. Esse foi o destino do preto espanhol." disse Alison Lurie em seu livro A linguagem das Roupas.




O preto como Luto:
O preto representa o "nada", a "ausência" e a "escuridão". No século XVI Anne da Bretanha deu origem ao costume de usar preto no luto, que dava um mar de tragédia e mistério. Outro exemplo foi a Rainha Vitória da Inglaterra que após a morte do marido, tomou o preto pra si, e fez luto até o fim da vida. (aliás, muita coisa que ela fez mudou a maneira de vestir e hábitos das mulheres, mas falaremos dela em outro momento).






O preto como ícone:
Posteriormente, ainda na Europa, Chanel inovou o guarda-roupa feminino não só com as peças mais leves e curtas, mas com as cores. Seus "tailers" eram sóbrios, de cores escuras (muitas vezes preta), quando bicolores, combinados também com cores neutras.
Em 1926 ela cria o primeiro tubinho preto que foi sucesso imediato.
Os estilistas deixaram seu legado com peças na cor preta, como Chanel, Balenciaga, Givenchy, Saint Laurent.



Daí em diante o vestido tubinho preto já não era mais sinônimo de luto e austeridade. Agora ele era prático, chique e moderno.
Na década de 1960 ele foi imortalizado pela maravilhosa Audrey Hepburn, usado no filme Bonequinha de luxo, criado pelo estilista Givenchy. 






O smoking andrógino de Saint Laurent, considerado icônico e transgressor.



Jacqueline Kennedy a esquerda no enterro no marido em 1963.



Lady Diana em 1994, com um dos seus vestidos mais emblemáticos, copiado por várias pessoas e ainda é até hoje.






O preto pode indicar também discrição, pode esconder sentimentos. Pessoas depressivas vestem preto, ou quando quando uma pessoa não quer demonstrar o que está sentindo veste preto, isso pode acontecer consciente ou inconsciente. Entretanto, combinado com outras cores pode gerar um efeito contrário, veja alguns exemplos:






Espero que tenham gostado, até a próxima.


Parte 1 - https://rafaelaraso.blogspot.com/2018/12/as-cores-influenciam-o-ser-humano-e.html


Fontes:
BUCKLAND, Raymond - O poder mágico das cores. Tradução José Rubens Siqueira de Madureira - São Paulo: Siciliano, 1989.
FISCHER-MIRKIN, Toby - O código do vestir - Os significados ocultos da roupa feminina. Tradução de Angela Melim - Rio de Janeiro: RACCO, 2001
LURIE, Alison - A linguagem das roupas. Tradução Ana Luiza Dantas Borges - Rio de Janeiro: RACCO, 1997


A sustentabilidade e a Moda.

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Dizem que Gisele Bündchen é daquelas que está sempre disponível para apoiar uma boa causa. Ela prestigiou um evento de gala promovido pela Rainforest Alliance, uma organização internacional dedicada à conservação das florestas tropicais, e chamou atenção com o vestido escolhido para a ocasião.
O modelo, um longo tomara que caia com fenda, era eco-friendly. Desenhado pelo estilista Jeff Garner, conhecido por suas criações sustentáveis, o vestido foi feito à mão e tingido com plantas. Gisele gostou tanto da peça que postou, em seu Instagram pessoal, um elogio ao designer: "Obrigada, Jeff Garner, por esse lindo vestido 'eco-friendly' feito à mão".
Jeff Garner é dono da marca Prophetik Clothing que, além de Gisele, já vestiu Miley Cyrus, Cameron Diaz e Sheryl Crow, entre outras famosas. Em suas criações, o estilista tenta unir a moda com o seu amor pelo meio ambiente e utiliza tintas orgânicas produzidas das plantas, lã de garrafas recicladas e fios naturais, como linho e cânhamo, fibra produzida por planta da espécie Cannabis.
O interessante aqui é de que maneira os estilistas da contemporaneidade tem encontrado maneira absolutamente sustentáveis de criar produtos inovadores e ecologicamente corretos.
Acredito que a moda mundial está passando por um momento de transição onde a inovação tem sido buscada com mais consciência.
Esperamos que esta mudança evolua cada vez mais e que o consumidor possa perceber a diferença entre os produtos e seja também um consumidor mais consciente. 


Gisele Bündchen posa ao chegar ao evento Rainforest Alliance Gala, no Museu de História Natural de Nova York, na noite da quarta-feira, 7 de maio de 2014






Espero que tenham gostado, e até a próxima.






Moda Japonesa e suas contribuições.


Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Já foi-se o tempo que se falava de moda japonesa e quimonos e sandálias de madeira eram associados.
Na década de 80 a moda conheceu um grupo de estilistas japoneses que trouxeram tamanha inovação pro universo fashion que jamais as roupas foram as mesmas.
A imprensa da época ficou sem fôlego quando surgiram Rei Kawakubo, Yohji Yamamoto e Issey Miyake. Esse trio apesar de não ter feito muito sucesso em seus primeiros desfiles criaram uma revolução na moda naquela época, revolução essa que nos deu de herança a cultura japonesa de um jeito não tão óbvio quanto costumávamos pensar.
Vera Gertel disse numa ocasião: "A chave do seu sucesso foi o mergulho inspirador não em valores exóticos como gueixas e samurais mas sim na gente comum dos tempos de antigamente. (...) O resultado foi o aparecimento de roupas cujos panos são trabalhados, cortados, recortados, originando formas amplas, longas , bizarras, moles e pedantes, jamais vistas até então.(...)"
Esses estilistas são exemplo de trabalho e sucesso ao longo dos anos e seu trabalho é inovador e diferenciado.
Ainda hoje, em algumas ocasiões os tradicionais quimonos e sandálias de madeiras são utilizados como referência de moda japonesa, mas com a disseminação da informação, essa nova leva de estilistas contemporâneos pôde mostrar seu trabalho e este ficar conhecido por mais pessoas.
A dona da marca Comme des Garçons, Rei Kawacubo é prova de que a moda japonesa não está pra brincadeira e inova a cada lançamento de coleção:


Desfile de 2012 da Comme Des Garçons



Desfile de 2012 da Comme Des Garçons



Desfile de Primavera-Verão 2012 da Comme Des Garçons



Desfile de Primavera-Verão 2012 da Comme Des Garçons

Este editorial abaixo feito pela Vogue mostra bem essa "caracterização" japonesa da qual eu havia falado. Mesmo bastante caricato o editorial é bem bonito, mas devemos desmistificar essa imagem "samurai" e "gueixa" que temos do Japão, eles são bem mais que isso.













O editorial abaixo, em compensação une as duas características citadas acima. Logo em seguida tem o vídeo com o backstage das fotos, e a gente pode perceber todo um clima que foi criado mesmo no estúdio pra fazer as fotos.
O fotógrafo é Ronald James e o esporte escolhido foi o Kendo, uma arte marcial moderna que foi desenvolvida a partir de técnicas tradicionais de combate com espadas dos samurais do Japão feudal.










 Espero que tenham gostado, e até a próxima!

Criação de Sapato.

Oi galera, quanto tempo!
Esse semestre foi corrido por isso o blog ficou um pouco de lado, mas estou de volta.
Neste post vou mostrar pra vocês a experiência que tive de criar um sapato e executá-lo.


  • Esse foi o primeiro desenho. 


  • As vistas (medidas do sapato).



  • Ilustração feita em perspectiva com dois pontos de fuga.


  • Solado riscado.







  • Eu riscando a madeira.


  • O marceneiro cortando o solado.


  • Moldando a fôrma do sapato.






  • Fôrma pronta.




  • Começando a modelagem do sapato.






  • Riscando o molde.

  • Tirando o molde da fôrma.

  • Sapato pronto.


Infelizmente não tenho fotos da montagem e costura do sapato, mas do restante, é assim que se faz um sapato.
Espero que tenham gostado e até a próxima!